Arquivo | Peru RSS feed for this section

Peru: balanço da viagem

12 jul

O Peru é um país fascinante, que me surpreendeu muito. Não que eu achasse que não fosse gostar, pelo contrário: tinha certeza que iria adorar. Mas tudo é ainda mais bonito ao vivo do que nas fotos. As ruínas que visitamos são de uma riqueza cultural tremenda, o povo é acolhedor, caloroso, a comida deliciosa! Machu Picchu, sem dúvidas, é um lugar encantador, mágico, que deve ser visitado ao longo da vida. Balanço totalmente positivo! Voltamos com gostinho de quero mais e com a certeza de termos ganhado  muito, especialmente no quesito cultura.

Trujillo: 2º dia

12 jul

Dia seguinte à aventura, fomos conhecer a Catedral de Trujillo, tiramos foto na bela Plaza de Armas, com seu bonito e imponente monumento que teve que ser cortado para não ultrapassar as torres da Catedral, presenciamos uma passeata escolar, visitamos a Casa da Emancipação, que possui uma exposição interessante sobre Trujillo colonial e fomos ao Museu de Arqueologia da Universidade de Trujillo, que contém um acervo bacana da cultura Moche e da cultura Chimú.

Plaza de Armas de Trujillo

Fomos almoçar de novo no El Sombrero e dessa vez assistimos a uma apresentação de Marinera, uma dança tradicional da cidade. Íamos sair dali e ir para a agência de turismo encontrar com o grupo e perderíamos uma parte do show, mas o garçom, muito simpático, que conhecia o guia da agência, ligou e avisou que estávamos ali e ficou combinado que iam nos buscar no restaurante. Assim, conseguimos assistir o show todo e às 14h40 chegaram para nos buscar e a outros turistas que também estavam lá e que iriam fazer o passeio a Chan Chan também.

Show no El Sombrero

Dessa vez, fomos na van novinha. Acho que como a estrada é péssima para El Brujo, eles colocam o pior carro. Bem, fomos primeiro à interessante Huaca do arco-íris ou do dragão, com bonitos desenhos, onde aprendemos um pouco mais da história Moche e, claro, sobre os sacrifícios humanos que realizavam.

Huaca del Dragón o del Arco iris

Depois fomos a Chan Chan, que é maravilhosa! Andamos por entre seus muros de adobe, conhecemos a praça central e a técnica de convencimento dos moches para a conquista de outros povos, vimos a tumba real, o enorme depósito de água, os belos desenhos nas paredes, ou seja, nos fascinamos. Chegamos ao ápice da viagem a Trujillo.

Os moches utilizavam um pouco da psicologia para convencer os outros povos a se juntarem a eles. Os sacerdotes e governantes se vestiam com os trajes mais especiais e faziam uma grande festança, acompanhada de cerimônias religiosas, para dessa forma demonstrar a sua superioridade e prosperidade. Além disso, esses trajes eram escolhidos a dedo: nas festividades ao meio-dia, em que o sol estava a pino, colocavam roupas com placas douradas, para que refletissem os raios do sol, confundindo-os com o próprio sol. À noite, especialmente de lua cheia ou lua nova, vestiam-se com trajes de prata, de modo que a luz da lua refletisse nas roupas e, assim, também fossem confundidos com a lua.  Dessa forma, eram confundidos com os próprios deuses.

Interessante, né?

Chan Chan

Representação de como os Chimu se vestiam em ocasiões especiais

Chan Chan

Chan Chan

Depósito de água de Chan Chan
Antes não havia a vegetação, apenas água!

Outro aspecto interessante dos chimús de Chan Chan é que já conheciam bem o fenômeno do El Niño. Nas paredes desenhadas, há várias menções a esse fenômeno, com desenhos de peixes e correntes marítimas que mudam conforme a época do ano e na ocasião do El Niño.

Chan Chan
Correntes marítimas

Voltando ao hotel, e muito satisfeitos pela imersão nas culturas chimú e moche, apesar da van do Indiana Jones, fechamos a conta e nos arrumamos para a volta a Lima, chegando ao aeroporto 20h50, duas horas antes do horário de nosso vôo, mas: surpresa! O horário do vôo tinha mudado para as 21h30 e não nos enviaram nenhum email!!! A sorte é que além de chegarmos sempre duas horas antes nos aeroportos para evitar imprevistos e que não tínhamos bagagem a ser despachada, apenas bagagem de mão. Entramos imediatamente para o embarque. Contudo, antes de entrar, ainda tivemos que telefonar para o hotel em Lima para avisar da mudança no horário e para que o taxista fosse nos buscar no aeroporto no horário correto.

No final das contas, a troca dos dias dos passeios de Chan Chan e El Brujo foi essencial para que não perdêssemos o vôo, além de nossa “neurótica” preocupação com o horário. Hehehe.O bom foi que chegamos a Lima mais cedo e que deu tudo certo.

Quanto aos passeios indico o seguinte: Fazer o tour Moche completo (Huaca do Sol e Huaca da Lua, Huaca do arco-íris ou do dragão e Chan Chan no mesmo dia com o Moche Tours, porque o guia era muito bom e a van para esses passeios era novinha).

Para El Brujo, procure outra agência e pergunte sobre a van ou o ônibus que vai fazer o passeio e prefira os passeios pela manhã, por precaução (principalmente se for pegar vôo à noite).

Abaixo, coloco os contatos da Moche tours e de outras agências. Mas na Plaza de Armas há várias agências que fazem esses passeios.

Moche Tours Agência de Viagens (fizemos com esse – indicamos, com exceção do passeio a El Brujo):

http://www.mochetours.com

Endereço: Jr. Orbegoso, 363, Trujillo.

Telefone: 044-291957 / 044-475541

email: mochetours@hotmail.com

Travelers Tours Peru:

http://travelerstoursperu.com

 Endereço: Jr. Pizarro, 561, Trujillo

Telefone. 044-475003

Nextel: 103*7335

Email: travelers-tours@hotmail.com

Mega Tours: 

http://megatourstrujillo.com

Telefone: 044-347473 /94 9429790

Endereço: Jr. Pizarro, 536, Trujillo

Email: megatourtruji_73@hotmail.com

Trujillo: 1º dia

11 jul

Plaza de Armas – Trujillo

Depois de uma tarde e uma noite de descanso em Lima, fomos para Trujillo cedo também. O vôo da TACA saiu às 07h55 da manhã. Nosso café da manhã foi um lanche que o hotel gentilmente providenciou e que levamos para o aeroporto e comemos lá.

De Lima a Trujillo leva apenas 1h10, de modo que chegamos cedo e deu tempo de pegarmos uma excursão que saía às 10h30 para a Huaca del Sol y para a Huaca de La Luna pela manhã e para a Huaca do arco-íris ou do dragão e Chan Chan para a tarde. Fechamos o passeio com a Moche Tours por 35 soles por pessoa para os dois passeios (é o chamado Tour Moche completo). A agência foi indicada pelo hotel, que entrou em contato com eles e transferiu a ligação para o quarto sem cobrar tarifa adicional.

Maridão na Huaca de La Luna – Trujillo. Desenhos da divindade moche Ai-Apaec  ou Decapitador

Fizemos o passeio da manhã que foi ótimo, melhor do que imaginávamos. O guia excelente e a van novinha. Os templos eram construídos com adobe, uma espécie de argila. Resistiu tanto tempo porque quase não chove em Trujillo. Ainda não são considerados patrimônios da humanidade pela Unesco, mas isso já está sendo pleiteado e acho que merece.

Ali conhecemos um pouco da história da cultura moche: os rituais de sacrifício, a sobreposição de edifícios de acordo com os governos, a forma de sepultar os nobres, o modo de vida em um lugar desértico, o formato das casas (tudo em adobe) a devoção à divindade Ai-Apaec  ou Decapitador, etc.

O guia, que era excelente, nos contou como os governantes (políticos, claro, rsrsrs) conseguiam convencer a população de sua divindade. Eles detinham o domínio sobre a prata e o ouro e em cerimônias diversas utilizavam placas desses metais para reluzir a luz do sol ou da lua e impressionar os seus governados. Além disso, mantinham perto de si, com regalias, os sábios que conheciam astronomia e meteorologia, que previam com exatidão a época das chuvas. Com base nesse conhecimento, sabiam exatamente o dia certo para realizar os sacrifícios e convencer a população de que eram os sacrifícios que traziam as chuvas. Pode isso???? Alguma semelhança com a atualidade???

Depois dessa imersão na história pré-colombiana, paramos para almoçar e fomos ao restaurante El Sombrero.

Às 14h10 fomos à agência para encontrarmos o grupo e sairmos para o outro passeio e aproveitei e perguntei sobre o passeio a El Brujo para o dia seguinte. A idéia era fazer pela manhã e na parte da tarde explorarmos a cidade e não corremos o risco de nos atrasarmos para nosso vôo, que era às 22h55. Mas no dia seguinte o passeio para El Brujo seria à tarde e terminaria por volta das 19h00. Como o passeio para Chan Chan termina mais cedo, às 18h00, e fica mais perto da cidade de Trujillo, optamos por inverter os passeios, indo logo a El Brujo e no dia seguinte a Chan Chan.

Señora de Cao

Pois bem, nos cobraram mais caro nesse passeio, 35 soles por pessoa, mas para um passeio que dura apenas metade de um dia, enquanto que pagamos o mesmo preço para o passeio completo do Tour Moche que, juntando a parte da manhã (Huaca del Sol e Huaca de La Luna) com a parte da tarde (Huaca do arco-íris e Chan Chan) dá um dia inteiro. Mas isso não foi o problema e sim a van velha que nos colocaram. Como já tínhamos pagado, não sabíamos a distância que iríamos percorrer e nem as condições da estrada, encaramos na ingenuidade. Olha, foi coisa de Indiana Jones, parecia que estava em Os Caçadores da Arca Perdida… Sério! kkkkkkkkkkk. Comemos tanta poeira que se não fosse pela interessante história da Senhora de Cao (El Brujo) teria sido um desastre!

O museo de Cao é excelente, a múmia da sacerdotisa tatuada e a história que a envolve é tão legal que acabamos abstraindo a chateação da van.

Museu Señora de Cao. Rsrsrs

A Señora de Cao foi provavelmente uma sacerdotisa que virou governante, hipótese baseada na riqueza de sua tumba, já que ao morrer foi enterrada com honrarias típicas de governantes da época. Seus restos foram encontrados intactos e ainda hoje é possível ver as tatuagens que levava nos braços e nas pernas, possivelmente devido a sua condição de sacerdotisa.  Em seu túmulo foram encontradas algumas pessoas sacrificadas, o que sustenta ainda mais essa tese.

A guia também nos contou que era comum o consumo do chá do cacto de São Pedro (um cacto típico dessa região do Peru), um alucinógeno, nas cerimônias religiosas, inclusive sendo tomada por aqueles que seriam sacrificados.

Señora de Cao – Múmia

Tatuagens da Señora de Cao. Fonte: Conocer Ciencia

Señora de Cao

Obviamente voltamos imundos para o hotel, mas não antes de passar em uma farmácia e comprarmos xampu e condicionador, porque não tínhamos levado já que ficaríamos apenas uma noite (levamos apenas bagagem de mão). Depois de um bom banho para retornarmos a ser gente, comemos no hotel do restaurante mesmo, que não gostamos.

E assim terminou nosso primeiro dia em Trujillo.

Machu Picchu

7 jul

A Cidade Perdida dos Incas:
Como chegamos bem cedinho, vimos ela assim, sendo revelada aos poucos por detrás das nuvens!

Acordamos às 04h30 da manhã, tomamos café às 05h00 (o hotel serve café no quarto no horário que pedirem. Veja aqui) e saímos para a estação de Poroy que fica a uns 30 minutos de carro de Cusco. O hotel pediu o táxi para a gente. Combinamos com o taxista para nos buscar às 19h15 do dia seguinte, quando voltaríamos de Machu Picchu. Como íamos dormir apenas um dia em Águas Calientes, não fechamos a conta do hotel e deixamos as malas grandes no quarto. Levamos apenas bagagem de mão, o que foi suficiente para a nossa estadia no povoado de Águas Calientes. Às 06h20 embarcamos e, após 4 horas de viagem, chegamos a Machu Picchu. Escolhemos o trem vistadome, que foi muito bom na ida (sobre passagens dos trens leia aqui), mas que na volta não fez diferença, porque estávamos muito cansados para ver a paisagem e no Vale escurece cedo, de modo que na volta não dá para ver muita coisa.

Na ida, compramos um livro guia chamado “Descubriendo Machu Picchu” no trem mesmo, livro que utilizamos para explorar a cidade perdida dos incas.

Ao desembarcar na estação, havia um rapaz com a placa do hotel La Cabaña que nos levou até o hotel a pé (não se anda de táxi no povoado) e nos mostrou o local onde deveríamos comprar as passagens de ônibus. Após descansar um pouco, fomos comprar as passagens de ônibus, que não têm data, apenas a validade de cinco dias, podendo ser utilizado para qualquer horário.  O valor da passagem é USD 15.50 por pessoa, ida e volta.

Passagem de ônibus Machu Picchu

Fomos ao mercado de artesanato, que fica perto da estação e não achei as coisas caras como tinham falado.

À noite escolhemos o índio feliz para comermos e não nos arrependemos. Ao chegarmos ao hotel, preparamos nosso “café da manha” e a mochila para o dia seguinte. Acordamos às 4h00 e às 05h00 já estávamos na fila do ônibus, que já estava grandinha. Os ônibus começam a sair às 05h30. Pegamos o quarto ônibus.

O ônibus sobe uma estrada de terra com várias curvas em forma de “U” e em vinte minutos estamos na entrada de Machu Picchu. A passagem de ônibus deve ser comprada no dia anterior, caso chegue à tarde como fizemos.

Estrada que leva a Machu Picchu. Atenção para as curvas em “U”

A entrada de Machu Picchu pode ser comprada tranquilamente pela internet no site www.machupicchu.gob.pe conforme explicado no post Ingressos para Machu Picchu.

Entrada para Machu Picchu

Com os ingressos em mãos, entramos no sitio arqueológico e, após a primeira curva, já se vê a maravilhosa cidade perdida dos incas à sua frente!

Vista que o turista vê assim que entra em Machu Picchu.

Já tratamos de tomar nosso café da manhã ali mesmo, antes que algum guia viesse perturbar. Com nosso livro guia em mãos, percorremos Machu Picchu por cinco horas. Entramos às 06h00 e saímos às 11h00. Muitas pessoas fazem em duas (com guia) ou três horas (sozinho), mas como tínhamos tempo, fizemos com calma, principalmente porque como subimos cedo, havia pouca gente ainda e pudemos aproveitar ao máximo. Quando subimos ainda havia neblina e foi muito bonito ver a neblina dissipando e revelando as ruínas.Logo na entrada, fomos para a cabana do guardião (à esquerda de quem entra), de onde se pode obter aquela foto clássica de Machu Picchu.

O meu marido foi o nosso guia, porque tinha lido o livro todo que compramos e ia explicando cada detalhe desse incrível lugar.

A cidade mágica:

Sensação inexplicável!

Machu Picchu

Algumas pessoas subiram a montanha Huayna Picchu, mas não tivemos coragem. A subida dura 1 hora e a descida mais 1, em um caminho sinuoso e, segundo relatos, que não transmite muita segurança. Ao sair de Machu Picchu, cansada, mas feliz, encontrei uma japonesa muito simpática que tinha subido a montanha e me contou que estava esgotada. Disse que lá em cima é legal, mas que a subida e a descida são pesadas demais e não repetiria. Bem, há pessoas que foram e gostaram, cabe a você a escolha. Mas lembre-se que você deve optar logo antes de sair do Brasil, pois há uma limitação de pessoas e a entrada para a montanha é diferente da entrada apenas para Machu Picchu.

Templo do Sol
Proibido entrar, pois a visitação estava causando desgaste no local, dificultando sua preservação.

Uma paradinha para descansar!
Que vista!

E aí? vai perder???

Como dissemos, ficamos cinco horas mágicas em Machu Picchu e às 11h00 descemos.

O motorista que pegamos me deixou tensa. Ele descia tão rápido a estrada em U que parecia que a cada curva o ônibus poderia ficar com uma roda para fora da pista. Além disso, duas vezes quase batemos em outro ônibus que estava subindo e nosso motorista teve que dar ré (nervoso).

Finalmente de volta ao povoado fechamos a conta do hotel, pegamos nossa mala e fomos almoçar no índio feliz. Ficamos lá até o horário de irmos para a estação de trem e embarcarmos às 15h20. A viagem de volta foi cansativa. O que nos distraiu um pouco foi uma apresentação da dança do diablito e um desfile de roupas de alpaca cujos modelos eram dois empregados do perurail que atendiam nosso vagão. Como havia mais brasileiros no vagão em que estávamos, o desfile se tornou divertidíssimo.

Índio Feliz

Chegamos em Poroy em torno de 19h15 e o taxista estava lá nos esperando. Mesmo cansados fomos jantar depois de deixar as coisas no hotel no Incanto, restaurante que gostamos muito.

No dia seguinte, acordamos cedo novamente porque nosso vôo saía às 07h55 da manhã para Lima e o mesmo taxista nos foi levar. Para contatos de táxi, veja o post transporte no Peru.

Uma llama em Machu Picchu

3 jul

Imagem

Cusco: 3º dia – VALLE SAGRADO

3 jul

O Vale Sagrado dos Incas

Fizemos o passeio ao Valle Sagrado nesse dia porque era domingo e assim poderíamos pegar a feira de Pisac, que só funciona aos domingos, terças e quintas-feiras.

 Às 08h00 o nosso encarregado (a Machu Travel Peru deixou 1 pessoa encarregada pela gente) passou no hotel e nos levou ao encontro dos demais. Encontramos duas senhoras brasileiras muito simpáticas que haviam feito o passeio do City Tour com a gente no dia anterior.

Entrando no ônibus em que fizemos o tour

Dessa vez pegamos diretamente o ônibus e fomos ao mercado de Coral, um mercadinho interessante, porém bem menor e menos atrativo do que o mercado de Pisac. Fizemos umas comprinhas lá. Os preços são bons, assim como no mercado de Pisac. Nos explicaram que as pessoas desse povoado vivem basicamente de artesanato e que são bem pobres.

Mercado de Coral

Novamente a bordo do ônibus, nosso motorista nos levou à Pisac, onde pegamos uma chuva daquelas! Nossa, ventava demais e infelizmente não conseguimos ficar tão atentos à explicação inteira da guia. De qualquer forma, sabe-se que Pisac era um povoado fechado e que poucas pessoas tinham acesso a ele. A principal atração das ruínas de Pisac são as “terrazas”, onde os incas desenvolveram uma agricultura sofisticada: dependendo do tipo de solo, de temperatura e da altitude, produtos diferentes eram plantados. As terrazas de Pisac estão bem conservadas e é possível ter uma ótima noção de como funcionava.

Caminho estreito para Pisac

“Terrazas” agrícolas de Pisac

Ruínas de Pisac

Outro ponto interessante na visita à Pisac são os buracos na montanha vizinha, utilizados como cemitério inca.

Cemitério inca

Após a visita às ruínas, visitamos o tão falado mercado índio de Pisac.

Mercado índio de Pisac

O mercado é muito legal mesmo! Além de ser bastante colorido, ainda há produtos e lembrancinhas com ótimos preços. Aproveitamos e compramos umas coisinhas, claro rsrsrs. A única coisa que não achei barato foi a prata. Aliás não achei barata em lugar nenhum no Peru. No México é bem mais barata!!!!!!! O preço muitas vezes é até mais caro do que no Brasil, com a diferença de que lá tem peças que não são encontradas aqui.

Vale a pena planejar o passeio ao Valle Sagrado para os dias em que há o mercado, pois é bem bacana. Além do artesanato, há uma feirinha de verduras e legumes também. Lá, podemos ver a variedade de batatas (mais de 4.000 espécies!) e a de milho (o Peru conta com mais de 35 tipos). Super interessante. Adoro essas coisas 🙂

Mercado de Pisac – feirinha

Subimos novamente no ônibus e fomos a Urubamba, onde almoçamos em um restaurante de comida típica. A comida estava bem gostosa e tivemos a oportunidade de provar outros pratos da culinária peruana, acompanhados de uma cerveja Cusqueña.

Almoço

Almoço com Cusqueña

Devidamente alimentados, seguimos adiante em nosso passeio ao Valle Sagrado. Dessa vez, a nossa parada foi em Ollantaytambo. Nossa, preparem suas pernas! A subida é punk. As duas senhoras brasileiras que falei não puderam subir. Tiveram que ver somente a parte de baixo e perderam grande parte da explicação.

Ollantaytambo

Ollantaytambo
Vista de cima das ruínas com o povoado ao fundo

Ollantaytambo
Fontes de água

Ollantaytambo foi uma cidade construída para adoração ao sol. Seu nome faz referência a Ollanta, um general inca que se apaixonou pela filha do nono governante inca, Pachacútec. Uma história meio Romeu e Julieta, Ollanta teve de fugir da cidade e fundou esse povoado. Após a morte de  Pachacútec, o general inca pôde, enfim, unir-se a sua amada.

O Templo do Sol possui seis monolitos rosas que foram projetados para brilhar quando o sol batia. Ainda hoje é possível visualizar a montanha de onde as rochas foram tiradas e o caminho que os incas percorriam para levar esses blocos enormes de pedras até Ollantaytambo.

Templo do Sol

Seguimos para a nossa última parada do dia: Chinchero. Gostei muito do Valle Sagrado, e essa cidadezinha fechou esse passeio com chave de ouro, apesar do frio. Gente, estava MUITO frio. Enquanto nos explicavam como as mulheres de chinchero obtém os corantes naturais para tingir a lã de alpaca, de llama ou de ovelha para as roupas que elas tecem, tomamos um chá de coca quentinho para amenizar o frio.

A explanação foi excelente. É incrível como elas conseguem cores lindas a partir de folhas, ervas e de pequenos insetos, como Cochinilla, que vive nos cactos e ao ser esmagado dá origem ao colorante natural na cor vermelha. Muito interessante. Também aprendemos como elas lavam a lã com um sabão natural (uma raiz chamada saqtana) e o modo como tecem ainda hoje os produtos que vendem.

Após dividirem conosco esse conhecimento incrível, elas pediram que déssemos uma olhada nos produtos que elas vendem em barraquinhas ali mesmo ;). Aproveitamos e compramos umas luvas de lã para aplacar o frio e eu comprei um casaco de lã de alpaca bebê, que gostei muito e foi de grande ajuda contra o frio no resto da viagem. Tudo com um preço muito bom.

Chinchero

Chinchero

Olha o meu casaco comprado em Chinchero!
Lã de alpaca bebê 🙂

Assim chegou ao fim nosso tour pelo Valle Sagrado. Adoramos tudo!

Chegamos quase 19h30 em Cusco. Nesse dia, antes de jantarmos no restaurante Incanto, passamos no mercado Gato’s Market que fica à esquerda da Catedral e compramos água e alguns itens de lanche para levarmos para Machu Picchu. Os guias do City tour e do Vale Sagrado nos aconselharam a comprar as coisas em Cusco e levar para Machu Picchu, porque lá tudo é mais caro. Fomos dormir mais cedo, pois dia seguinte pegaríamos o trem para Águas Calientes – Machu Picchu!

Obs: Há um local muito legal que não fomos, mas que todos dizem que vale a pena: Maras e Moray. Mas o passeio só é feito à tarde. Se puder ficar mais um dia em Cusco, ou seja, 3 dias e meio, vá a Maras e Moray!

E no próximo post, MACHU PICCHU!!!

Cusco: 2º dia – tarde. CITY TOUR

1 jul

Sacsayhuaman

À tarde fomos fazer o City Tour, passeio obrigatório! Contratamos o serviço da agência Machu Travel Peru, que definitivamente recomendo, pela internet. Está entre as melhores do tripadvisor e contratei tudo pela internet, inclusive deixando já pago. O City Tour foi USD 15.00 por pessoa. Uma pessoa foi nos buscar no hotel e nos levou até o ponto de encontro com o restante do grupo. Então, vamos lá!

         1. Catedral


Nosso guia foi o Christian, que todos gostaram muito. Tivemos sorte porque o grupo também foi bem legal. A Catedral de Cusco é muito bonita e não pode ser deixada fora do roteiro. Mesmo que não vá fazer o City Tour, faça a visita guiada na Catedral. Há muitos detalhes que somente serão esclarecidos com um bom guia. No post sobre o primeiro dia em Cusco falei sobre a Leide, que contratamos para a Igreja da Companhia e que gostamos muito. Ela disse que faz também o percurso na Catedral. Então, se não for por uma agência como a gente, vale a pena procurá-la ou outro guia autônomo.

Pois bem, a catedral levou quase cem anos para ser construída, e foi erigida sobre o Palácio do oitavo inca, o Viracocha. No interior, há várias pinturas do barroco cusquenho. O Altar da Igreja é todo de prata e possui um impressionante trabalho em madeira de cedro que compõe o coro da Igreja. Atenção para os bancos que possuem um “segredo”. Mesmo levantados, tem um apoio para o coro da Igreja que fica encostado, embora pareça de pé!

Também nada de fotos…

Ainda na Catedral, o Señor de los Temblores e a Última Ceia de Marcos Zapata são imperdíveis.

Segundo contam, o Señor de los Temblores foi levado a Cusco como um presente de Carlo V. Dizem que durante o seu transporte de navio, houve uma tormenta e tiraram a imagem e fizeram seus dedos encostarem na água, acalmando a maré. Depois, já em Cusco, conta a lenda que durante o terremoto (temblor) de 1650, os fiéis saíram com a imagem em procissão pelas ruas de Cusco e, assim, o terremoto foi interrompido. E por que a imagem é negra? Alguns dizem por causa do calor das velas dos fiéis que queimam diariamente sob seus pés; outros afirmam que foi o material com que foi feito, que com o tempo acabou escurecendo.

Señor de los Temblores

A Última Ceia de Marcos Zapata é também especial por retratar esse acontecimento bíblico de uma maneira bem regional. O prato principal não é o cordeiro, mas o cuy (porquinho da índia) que pode ser visto ao centro. Lembra que comentei que comi o cuy no post sobre onde comer em Cusco? Além disso, a bebida não é o vinho, e sim a chicha morada, bebida típica do Peru; e Judas, Francisco Pizarro, conquistador do Peru. Olha só:

Última Ceia de Marco Zapata – Catedral de Cusco
fonte: Wikipedia

2. Templo de Koricancha e Convento de São Domingo

Nossa próxima parada foi no Templo inca de Koricancha e o Convento de São Domingo. O Convento foi construído sobre o templo, aproveitando grande parte das construções incas. Após escavações, o templo inca ficou ainda mais visível, transformando o local em uma bela mistura do colonial com o estilo o pré-colombiano inca.
As paredes do antigo templo inca eram cobertas com placas de ouro, de acordo com historiadores espanhóis, de modo que quando o sol batia o templo inteiro se iluminava, como se fosse divino. As placas foram retiradas pelos espanhóis que provavelmente as derreteram.
É possível ver também a engenhosidade das construções incas, com seus encaixes perfeitos, sem a utilização de argamassa, e a “engenharia antissísmica” da época. As paredes, erigidas aparentemente tortas, possuíam essa angulação a fim de evitar danos e irem abaixo no caso dos tremores. A eficiência foi comprovada por diversas vezes, quando terremotos assolaram cusco, derrubando muitas construções coloniais, mas os templos incas permaneceram intactos. Legal, né?
Curioso? Olhe as fotos:

Templo Koricancha e Convento São Domingo
Compare a parede da esquerda, estilo colonial, e a parede da direita, inca.

Templo Koricancha e Convento São Domingo
Janelas simétricas

Templo Koricancha e Convento São Domingo

Templo Koricancha e Convento São Domingo
Placa de ouro


  1. 3. Sacsayhuamán

Olha o tamanho das pedras!

Continuando nosso tour, fomos a Sacsayhuamán, provavelmente uma fortaleza inca que participou da resistência aos espanhóis quando eles conquistaram o Peru. Dizem que o modo como ela foi construída, em zigue-zague, possibilitava a defesa já que os invasores deixavam seu flanco à mostra.
Contudo, ainda há dúvidas se de fato era uma fortaleza, existindo aqueles que defendem ter sido, na realidade, um centro religioso.
Os muros da suposta fortaleza foram edificados com pedras enormes, bem polidas em uma época em que não haviam facas e similares, e transportadas de locares longínquos, de uma maneira espetacular! Muito legal!

Sacsayhuaman

              4. Tambomachay
O lugar mais alto que visitamos nesse dia (haja fôlego e chá de coca), é um lugar muito bacana. Era um templo dedicado à água e na época ela caía aos montes. Hoje é controlada para não haver gasto excessivo. No caminho, vale a pena acompanhar o “encanamento” feito de pedra, levando a água do alto da montanha às cidades que ficavam na parte de baixo.

Tambomachay

Tambomachay

                  5. Qenqo
Na última parada do percurso, conhecemos esse lugar de rituais, acompanhados frequentemente por sacrifícios. Na verdade, os incas aproveitaram uma rocha que estava em um lugar privilegiado, de onde se pode ver Cusco. Dentro, há uma “mesa” de sacrifícios, onde uma abertura no teto da “caverna” permite a entrada da luz solar.

Qenqo

Na volta a Cusco, o guia perguntou se alguém iria assistir ao show de danças típicas no Centro Qosqo de Dança, que está incluído no boleto turístico integral. Somente nós quisemos. Acho que é porque é pouco divulgado. De qualquer forma, fomos e adoramos. Chegamos às 18h30 e o show começava às 19h00. Quando chegamos, estava vazio o auditório, mas aos poucos foi enchendo até ficar lotado. Foi muito bom mesmo! Apresentam várias danças típicas da região e vale a pena. Ah, e a música é ao vivo. Dúvidas??? Olhe as fotos e decida-se:

Centro de danças típicas de Cusco

Centro de danças típicas de Cusco – Marinera
Esses meninos dançavam muito!

Saindo dali, muito satisfeitos, enfrentamos uma caminhada num baita frio até a plaza de armas! Nada muito longe. Fomos comer no Chez Maggy, porque estávamos famintos e somente às 22h00 voltamos ao hotel. Cusco é uma cidade tranqüila, principalmente na parte turística. Há polícia turística em todo o centro e muita gente na rua até tarde, de modo que nos sentimos muito seguros.

Esse dia foi MUUUITO cansativo, mas bom demais!!!

Cusco: 2º dia – manhã. Conhecendo a cidade de Cusco

1 jul

Acordamos cedo também nesse dia, porque tínhamos um tempo cronometrado para visitarmos Cusco pela manhã, já que o City Tour já estava marcado para a parte da tarde.

Aproveitamos a parte da manhã para tirar uma foto na famosa pedra dos 12 ângulos, que fica na parede externa do Museu de Arte Religiosa. É impressionante como naquela época eles conseguiam o encaixe perfeito sem utilizar nada de argamassa ou material parecido! Não deixe de comparar as construções espanholas com suas argamassas e as incas, impecáveis, com seu “quebra-cabeça”:

Pedra dos 12 ângulos

Continuando nosso roteiro, fomos ao Museo de Arte Religioso ou Palácio Arzobispal, construído sobre um antido palácio incareúne uma interessante coleção de arte sacra, inclusive o estilo cusquenho. Visite a capelinha com alguns vitrais bem interessantes, representando a mistura a religiosidade  inca com a fé católica.

Infelizmente não podem ser tiradas fotos lá dentro… Endereço: Esquina das ruas Hatunrumiyoq e Herrajes, no antigo Palácio Arzobispal, tel: 51 (84) 222-781. Seg. a sáb., das 8h às 11h30 e das 15h às 17h30. Está incluído no boleto do circuito religioso.

A uma quadra da Plaza de Armas está o Museo Inka, indispensável para quem quer se aprofundar ainda mais na cultura inca e cusquenha. Além disso, fica em uma casa colonial bem bonita. Endereço: Rua Cuesta del Almirante, 153 (esquina com a rua Ataúd). Tel: 51 (84) 237-380. Seg. a sex., das 8h às 18h; sáb. e feriados, das 9h às 16h. Entrada paga.

Museu Inka

Para da comer algo rápido. Escolhemos o restaurante Sumaq, que não gostamos não! Olha o comentário sobre ele no post Onde Comer em Cusco. Mas deu para matar a fome…

Nosso tempo já se esvaía, então corremos para fazer mais uso de nosso boleto do circuito religioso: como era caminho para o hotel, paradinha obrigatória na Igreja de San Blás! A Igreja paroquial mais antiga de Cusco me surpreendeu. Imaginava que era menor e não tão interessante. A Igreja em si é bem simples, mas a sua história é bacana Pegue um audioguia que vai fazer toda a diferença! Atenção para o púlpito de estilo barroco feito somente de uma peça de cedro, uma das obras-primas da escultura em madeira da América Colonial.  Onde fica? Praza de San Blas. Seg. a sáb., das 8h às 18h; dom. e feriados, das 10h às 18h.  Está incluído no boleto do circuito religioso.

Ah, fotos também proibidas!!! 😦

Igreja de San Blás à noite
Disponível em: tripadvisor.com.br

Depois disso, subimos correndo para o hotel, porque estávamos atrasados!!! rsrsrs Quando chegamos lá, o rapaz da Machu Travel Peru já estava nos esperando para nos levar ao ponto de encontro para o City Tour, que falarei no próximo post. Preparados?

Cusco – 1º dia

29 jun

CUSCO 

Fomos de Lima a Cusco de avião com a TACA. O vôo dura 1h30 aproximadamente e no geral é bastante tranqüilo. Como Cusco é muito alto, a uma altura de 3.300 metros mais ou menos do nível do mar, a paisagem dominante é de montanhas. Somente quando se aproxima da aterrissagem é que fica um pouquinho tenso. O aeroporto de Cusco, assim como toda a cidade, fica entre montanhas e para pousar o avião precisa ir contornando a montanha até a entrada para o aeroporto e a pista de pouso. Mas o pouso foi super tranqüilo e parece que os pilotos já estão bem habituados a essa manobra.

Quando chegamos a Cusco, já estávamos “medicados”. Tomamos durante o vôo o famoso Sorojchi Pills e não nos sentimos mal. Ao sair do pequeno aeroporto, rumo ao estacionamento, havia um motorista do hotel La Morada esperando a gente com plaquinha e tudo (veja aqui os comentários sobre os hotéis). Já na primeira subida para o hotel, sentimos o cansaço que a altitude provoca. Mas tudo bem. Fomos recebidos com o ilustre “mate de coca”, que tomamos prontamente, seguindo os conselhos de vários viajantes que já estiveram por lá. Também tentamos seguir o conselho de repousar no primeiro dia que chegar a Cusco, mas duas horas depois já estávamos descendo a ladeira de San Blás, munidos de nossos Sorojchi Pills, rumo à Plaza de Armas de Cusco.

Sério, gente: tomem mate de coca e o Sorojchi Pills. Vimos muita gente passando mal e isso estraga qualquer viagem.

Sorojchi Pill – Essencial!!! Tomei e não me senti mal, mesmo com labirintite.

A Plaza de Armas é muito bonita e ao seu redor há muitos lugares para conhecer. Depois de matarmos a fome, fomos comprar o boleto turístico, que permite entrada em várias atrações como museus, Igrejas e sítios arqueológicos.

Cusco – Plaza de Armas

Fonte Plaza de Armas, Cusco

O boleto turístico é comprado no COSITUC na Avenida Sol, n. 103, na Galeria Turística da Municipalidad (a prefeitura de Cusco) próximo à Plaza de armas. É essencial para fazer o passeio do City Tour, do Valle Sagrado e do Maras e Moray. O boleto individual e integral custa 130 novos soles peruanos e deve ser pago em dinheiro (efectivo). Para saber quais as atrações incluídas, acesso o Blog do Marcelo D’Ávila. Ele é IMPORTANTÍSSIMO para todos os passeios do City tour!!!

Depois de comprados os boletos, fomos à Igreja da Companhia, uma Igreja que pode ser confundida com a Catedral por sua semelhança. Contudo, a confusão logo se esclarece quando percebemos que a Catedral está em posição de destaque na praça, em cima de escadarias e, como era de se esperar, de um antigo templo inca.

Na entrada da Igreja da Companhia tivemos que comprar outro boleto, pois o boleto turístico não inclui essa entrada. Compramos o boleto integral do circuito religioso por 50 soles por pessoa, o qual inclui:

  • Catedral
  • Igreja da Companhia de Jesus
  • Casa do Arzobispado
  • Igreja de San Blás
Esse boleto é vendido em qualquer uma das entradas desses locais acima.

Ao entrar na Igreja da Companhia vimos que não tinha explicações e uma guia, a Leide, ofereceu ser nossa guia e aceitamos. Ficou combinado que ao final poderíamos pagar com o valor que quiséssemos, de acordo com nossa satisfação. Aceitamos e adoramos!!!! A história da Igreja, fundada pelos jesuítas que vieram com Pizarro, é muito interessante e definitivamente merece uma visita. O percurso demorou uns 30 a 40 minutos e pagamos 20 soles à Leide, valor que ela nos sugeriu após lhe perguntamos um valor que ela julgava justo. Na verdade, eu gostei tanto que pagaria até mais, mas percebi que é um valor padrão para os guias. Bem, se forem visitar a Igreja da Companhia, procurem a Leide. Ela é autônoma, mas é conhecida pelo pessoal da Igreja e faz tours também na Catedral. Infelizmente não anotei nenhum contato dela, mas perguntem na entrada por ela. Também não fizemos o tour com ela na Catedral porque já era incluído no City Tour.

Igreja da Companhia – Pena que não dá para tirar foto dentro 😦

Depois aproveitamos e fomos ao Museu de Arte Pré-colombiano, que é muito legal. Tudo em Cusco é muito pertinho, então dá para fazer o roteiro dentro da cidade em pouco tempo. Isso não inclui o city tour!!! Esse museu tem um acervo bem bacana de arte inca, nazca, mochica, huari, entre outros, e de pinturas cusquenhas. Fica na Plaza de las Nazarenas, 231. Site: http://map.museolarco.org.

MAP – Museo de Arte Precolombino

MAP – Museo de Arte Precolombino

MAP – Museo de Arte Precolombino

À noite fomos jantar no restaurante El mesón, onde tivemos a coragem de comer uma parrilhada com carne de alpaca e cuy (porquinho da índia) e provamos o famoso Pisco Sour. Acabou que a bebida e a altitude não combinaram muito e subimos a ladeira de San Blás para voltarmos ao hotel um pouco borrachitos…rsrsrs. Nesse post tem mais detalhes sobre os restaurantes.

Hmmm… Esse pisco sour estava delicioso! El Mesón

ONDE COMER EM LIMA, CUSCO, MACHU PICCHU E TRUJILLO – PERU

26 jun

LIMA

Lomo Saltado no Tanta

Tanta: Nosso primeiro almoço em Lima foi no Tanta e nem planejamos! Estávamos atrás de outro restaurante indicado pelo guia da folha de São Paulo e acabamos chegando nesse tipo de galeria (Pasaje) que tem vários restaurantes e, quando vi o Tanta, me lembrei que tinha lido em algum lugar que era bom. Resolvemos experimentar. Pedimos tamalitos de entrada e como prato principal Lomo saltado. Tudo estava bem gostoso e a um preço razoável. Indicado!
Endereço: Pasaje Nicolás de Rivera El Viejo 142, Centro Histórico de Lima, Peru

La bomboniere: Quando fomos ao Jockey Plaza tomamos café e chocolate quente nesse restaurante/café para tentar nos aquecer. Não gostamos muito porque eles colocam cravo nos dois, principalmente no chocolate quente e o gosto fica muito forte e amargo. Como não comemos nada, embora o cardápio seja variado, não posso opinar a esse respeito.

Café/Restaurante do Museu Larco Herrera – Almoçamos aqui no dia que fomos ao Museu. Como saímos do museu já por volta das 14h00, resolvemos almoçar lá mesmo. A comida estava gostosa (pedi uma massa e meu marido um lomo saltado) e o pisco delicioso. Pedimos um brownie de sobremesa que também estava muito gostoso. É um restaurante mais caro, mas nada absurdo, principalmente considerando o ambiente acolhedor e a comida deliciosa.

Huaca Pucllana – O restaurante mais caro da viagem. Fomos em nosso último dia em Lima e no dia em que fomos a Pachacámac e à Huaca Pucllana (ruínas). Comemos uma entrada de “rocotos rellenos” que estavam uma delícia (dá para duas pessoas) e pedimos lomo saltado e um prato de carne de pato. Para acompanhar uma garrafa de 500 ml de vinho espanhol porque não queríamos beber muito. Não pedimos sobremesa. A vista? As ruínas da Huaca Pucllana. Tive a impressão de que esse é considerado um restaurante bem caro para os peruanos.

Café Café – Fomos à noite para lanchar. Fica no Larcomar, o agradável shopping nos rochedos de Miraflores. Pedimos sanduíches e pisco souer. Meu sanduíche foi um de frango picante e do meu marido um que parecia de assado. Os dois estavam muito bons e eram grandes! Se não estiverem com muita fome, um sanduíche dá para duas pessoas.

CUSCO

El Mesón (Na Plaza de armas. A entrada fica em uma rua lateral) – Na noite em que chegamos a Cusco, fomos a esse romântico e acolhedor restaurante. Eles possuem parrilhadas, massas e outros pratos. Tomamos coragem e pedimos uma parrilhada com carne de alpaca, cuy (porquinho da índia) e carneiro. Achei que fosse odiar o cuy, mas até que achei gostoso. Tem um gosto forte e estava bem temperado. Mas tenho a impressão de que se não for bem temperado o sabor é ruim. A carne de alpaca é deliciosa e muito macia, além de possuir pouquíssima gordura. Se puder, prove! Também tomamos nossos primeiros pisco souer. O garçom que nos atendeu tinha morado 9 meses no Brasil e aproveitou para colocar o português em prática. Indico mesmo para quem não queira se aventurar com o cuy e a alpaca:

Parrilhada Andina (Carne de Alpaca, carne bovina e Cuy)

Incanto – Fomos duas vezes a esse restaurante. Nele aproveitamos para comer massa, que é muito boa. Também servem pizzas, mas a pizza mais famosa da cidade é a do Chez Maggy. No Incanto servem vinho em taças, o que é bom para quem não deseja beber muito. No tripadvisor tem muitas fotos, se quiser dar uma espiadela 😉

Endereço: Santa Catalina Angosta 135, Cusco, Peru

Chez MaggyTambém fomos mais de uma vez nessa pizzaria, uma em Cusco e a outra em Machu Picchu (Águas Calientes). A pizza é gostosa e barata! Nossa conta não deu mais do que 60 soles, incluindo bebidas.

Endereços (são três em Cusco): Procuradores, 365, Cusco, Peru;Procuradores 374-344, Cusco, Peru; e Rua Plateros 348-A, Cusco, Peru.

Sumaq – almoçamos nesse restaurante que é bem simples e fica na Plaza de Armas. Estava bastante vazio, o que deu a sensação de abandono. A truta que meu marido pediu estava boa, bem leve. Mas minha massa bolonhesa não estava nada demais. Acho que há opções melhores.

MACHU PICCHU (ÁGUAS CALIENTES)

Além da pizzaria Chez Maggy, comemos também no Índio Feliz. Não deixe de ir! O lugar é bem bacana, com uma decoração alegre e diferente e os pratos de trutas são ótimos. A truta é um peixe de lagoas muito frias, com um gosto similar ao salmão. O garçom do restaurante me explicou que as trutas são sempre frescas em Águas Calientes porque eles pescam em lagoas próximas ao povoado, nas montanhas nevadas ao seu redor. Ao contrário da maioria das cidades no Peru, em que o pollo (frango) predomina nas refeições, a truta é mais consumida em Águas Calientes.

Trutas no restaurante Índio Feliz

TRUJILLO

Almoçamos nos dois dias no El Sombrero. É um restaurante bem simples, com mesas e cadeiras de plástico, mas com um bom atendimento e a comida é boa e barata. Nos dias que tem show fica lotado. Comemos corvina com langostinos (lagostas) por 26 soles. Se quiser assistir ao show (na verdade é um casal de dançarinos que apresenta algumas danças típicas, como a marinera), este ocorre quartas, sextas e sábados às 13h30. Peça para a agência de turismo lhe buscar no restaurante, assim poderá assistir o show até o final. Não chega a ser um espetáculo, mas é uma boa distração durante a refeição.

Na Plaza de Armas não há restaurantes e não é fácil encontrar restaurantes muito decentes ali pertinho. O El Sombrero fica uns 10 minutos de caminhada até a Plaza de Armas, seguindo na rua lateral ao hotel Libertador. Se quiser ir a outro restaurante, o melhor é perguntar no hotel ou na agência de turismo.

Ah, não deixe de provar a Inkacola (parece Guaraná Jesus) e Chicha Morada (um refri de groselha).

Não comemos ceviche porque não gostamos muito não. Mas se você gosta, aproveite porque em quase todo lugar tem. Me indicaram o restaurante Rosa Náutica em Lima (Miraflores) para provar o ceviche.

Marinera no El Sombrero

Corvina com langostinos – El Sombrero