Dia seguinte à aventura, fomos conhecer a Catedral de Trujillo, tiramos foto na bela Plaza de Armas, com seu bonito e imponente monumento que teve que ser cortado para não ultrapassar as torres da Catedral, presenciamos uma passeata escolar, visitamos a Casa da Emancipação, que possui uma exposição interessante sobre Trujillo colonial e fomos ao Museu de Arqueologia da Universidade de Trujillo, que contém um acervo bacana da cultura Moche e da cultura Chimú.
Fomos almoçar de novo no El Sombrero e dessa vez assistimos a uma apresentação de Marinera, uma dança tradicional da cidade. Íamos sair dali e ir para a agência de turismo encontrar com o grupo e perderíamos uma parte do show, mas o garçom, muito simpático, que conhecia o guia da agência, ligou e avisou que estávamos ali e ficou combinado que iam nos buscar no restaurante. Assim, conseguimos assistir o show todo e às 14h40 chegaram para nos buscar e a outros turistas que também estavam lá e que iriam fazer o passeio a Chan Chan também.
Dessa vez, fomos na van novinha. Acho que como a estrada é péssima para El Brujo, eles colocam o pior carro. Bem, fomos primeiro à interessante Huaca do arco-íris ou do dragão, com bonitos desenhos, onde aprendemos um pouco mais da história Moche e, claro, sobre os sacrifícios humanos que realizavam.
Depois fomos a Chan Chan, que é maravilhosa! Andamos por entre seus muros de adobe, conhecemos a praça central e a técnica de convencimento dos moches para a conquista de outros povos, vimos a tumba real, o enorme depósito de água, os belos desenhos nas paredes, ou seja, nos fascinamos. Chegamos ao ápice da viagem a Trujillo.
Os moches utilizavam um pouco da psicologia para convencer os outros povos a se juntarem a eles. Os sacerdotes e governantes se vestiam com os trajes mais especiais e faziam uma grande festança, acompanhada de cerimônias religiosas, para dessa forma demonstrar a sua superioridade e prosperidade. Além disso, esses trajes eram escolhidos a dedo: nas festividades ao meio-dia, em que o sol estava a pino, colocavam roupas com placas douradas, para que refletissem os raios do sol, confundindo-os com o próprio sol. À noite, especialmente de lua cheia ou lua nova, vestiam-se com trajes de prata, de modo que a luz da lua refletisse nas roupas e, assim, também fossem confundidos com a lua. Dessa forma, eram confundidos com os próprios deuses.
Interessante, né?
Outro aspecto interessante dos chimús de Chan Chan é que já conheciam bem o fenômeno do El Niño. Nas paredes desenhadas, há várias menções a esse fenômeno, com desenhos de peixes e correntes marítimas que mudam conforme a época do ano e na ocasião do El Niño.
Voltando ao hotel, e muito satisfeitos pela imersão nas culturas chimú e moche, apesar da van do Indiana Jones, fechamos a conta e nos arrumamos para a volta a Lima, chegando ao aeroporto 20h50, duas horas antes do horário de nosso vôo, mas: surpresa! O horário do vôo tinha mudado para as 21h30 e não nos enviaram nenhum email!!! A sorte é que além de chegarmos sempre duas horas antes nos aeroportos para evitar imprevistos e que não tínhamos bagagem a ser despachada, apenas bagagem de mão. Entramos imediatamente para o embarque. Contudo, antes de entrar, ainda tivemos que telefonar para o hotel em Lima para avisar da mudança no horário e para que o taxista fosse nos buscar no aeroporto no horário correto.
No final das contas, a troca dos dias dos passeios de Chan Chan e El Brujo foi essencial para que não perdêssemos o vôo, além de nossa “neurótica” preocupação com o horário. Hehehe.O bom foi que chegamos a Lima mais cedo e que deu tudo certo.
Quanto aos passeios indico o seguinte: Fazer o tour Moche completo (Huaca do Sol e Huaca da Lua, Huaca do arco-íris ou do dragão e Chan Chan no mesmo dia com o Moche Tours, porque o guia era muito bom e a van para esses passeios era novinha).
Para El Brujo, procure outra agência e pergunte sobre a van ou o ônibus que vai fazer o passeio e prefira os passeios pela manhã, por precaução (principalmente se for pegar vôo à noite).
Abaixo, coloco os contatos da Moche tours e de outras agências. Mas na Plaza de Armas há várias agências que fazem esses passeios.
Moche Tours Agência de Viagens (fizemos com esse – indicamos, com exceção do passeio a El Brujo):
Endereço: Jr. Orbegoso, 363, Trujillo.
Telefone: 044-291957 / 044-475541
email: mochetours@hotmail.com
Travelers Tours Peru:
Endereço: Jr. Pizarro, 561, Trujillo
Telefone. 044-475003
Nextel: 103*7335
Email: travelers-tours@hotmail.com
Mega Tours:
Telefone: 044-347473 /94 9429790
Endereço: Jr. Pizarro, 536, Trujillo
Email: megatourtruji_73@hotmail.com